ARTIGOS

PERDA DE PESO NAS DIETAS POBRES EM HIDRATOS DE CARBONO

gorda-costas

As dietas Atkins, Paleo e todas as outras variantes são adoptadas essencialmente para a perda de peso. No entanto, residem num plano intrinsecamente falhado, uma vez que advogam o consumo dos alimentos que mais engordam e adoecem, e restringem os alimentos que mais emagrecem e saudáveis. O intuito de apelar ao preconceito alimentar ocidental, que releva inconsequentemente o estatuto socioeconómico da carne, coaduna-se com a mentira da relevância da proteína animal e a vilanização estúpida do hidrato de carbono, num produto cujos resultados fugazes dependem da indução patológica de restrição, com consequências insustentáveis e explicitamente danosas.

COMER ANIMAIS PARA PERDER PESO:
IRRACIONALIDADE ESTONTEANTE

1 – Os alimentos de origem animal são muito mais ricos em calorias e gordura do que os alimentos de origem vegetal erradamente incriminados no ganho de peso, tais como as bananas, as batatas ou o arroz. O consumo de alimentos animais implica a ingestão do dobro, triplo ou quadruplo das calorias, e de mais de 30, 100 ou 200 vezes a quantidade de gordura – o macronutriente que mais facilmente é depositado sob a forma de tecido adiposo – do que o consumo equivalente de alimentos de origem vegetal, ricos em hidratos de carbono. Acreditar que consumir alimentos muito mais densos em calorias e gordura é uma estratégia racional na perda de peso, em relação a consumir alimentos com muito menor densidade calórica e conteúdo de gordura, é totalmente ilógico, insensato e ignorante.

Um enorme corpo de evidência indica inequivocamente que derivar a sustentação calórica a partir de alimentos de origem animal está positivamente associado ao ganho de peso e disfunções relacionadas, por oposição ao consumo de calorias de origem vegetal.1,2,3,4,5,6 De facto, o consumo de carne está associado ao ganho de peso, mesmo quando controlando o consumo calórico: 250 gramas de carne produzem um aumento de peso de 422 gramas em relação ao consumo dessas mesmas calorias a partir de uma outra fonte que não a carne, o que ao fim de cinco anos se traduz em cerca de dois quilos adicionais.7 Frequentemente, é o consumo de carnes “magras” que estabelece as relações mais fortes com o ganho de peso.8

2 – Os produtos de origem animal são ricos em proteína, o macronutriente mais poderoso em termos de promoção de secreção de insulina, a hormona que deposita a gordura e promove o ganho de peso. Por essa razão, o consumo de carne proporciona secreções de insulina tão elevadas como o consumo de açúcar refinado.9,10,11 Além disso, a gordura saturada é um implicado principal no desenvolvimento de resistência à insulina,12,13 enquanto que os hidratos de carbono melhoram a sensibilidade e os níveis de insulina.14,15 Isso indica que são os produtos de origem animal, não os hidratos de carbono, os responsáveis pela desregulação dos níveis de insulina e afecção do peso corporal consequente – ao contrário das suposições imaginativas dos autores de livros de dietas da moda. Em adição, a proteína em excesso dos modestos requisitos do organismo pode ser convertida em gordura.16,17

3 – Os produtos animais são fontes de hormonas18, antibióticos19 e potenciais vírus20 com propriedades obesogénicas.

4 – Os produtos animais são pró-inflamatórios e provocam aumento dos níveis de cortisol, condições relacionadas como o ganho de peso.21,22

5 – Sem níveis adequados de hidratos de carbono a combustão de gordura corporal é prejudicada – a gordura queima na chama do hidrato de carbono. Portanto, a cetose não é um estado onde o organismo utiliza gordura mais eficazmente, muito pelo contrário, a indisponibilidade de glucose impede a combustão eficaz de gordura o que proporciona a cetose.23

6 – Sem reservas adequadas de hidratos de carbono, a manutenção de um estilo de vida activo é sabotada. O organismo entra em modo de contenção e perde o dinamismo.24

7 – Na ausência de hidratos de carbono, a proteína dietética e a massa magra são combustadas para suprir as necessidades de glucose do organismo, isto é, a manutenção da massa magra é comprometida.23

8 – A necessidade de consumir hidrato de carbono está predeterminada biologicamente e a sua insatisfação gera um estado de privação que se agrava com a passagem do tempo.25,26

9 – O hidrato de carbono é altamente saciante. Dietas desprovidas de hidratos de carbono influem negativamente a saciedade.27

10 – Níveis baixos de glucose – derivada idealmente a partir de hidratos de carbono – promovem o consumo de alimentos ricos em calorias, o que influi negativamente no controlo do peso.26

11 – Níveis reduzidos de glicogénio, provenientes do consumo de dietas ricas em proteína e gordura, promovem a expansão da massa gorda para disponibilizar a energia necessária para colmatar a deficiência de glucose.28

12 – As plantas contêm nutrientes essenciais para a saúde. Pelo contrário, os animais são riquíssimos em compostos patogénicos.29

caloriesOs promotores da restrição de hidratos de carbono não compreendem conceitos nutricionais básicos.

RESULTADOS MEDÍOCRES

As dietas pobres em hidratos de carbono são de adesão difícil, produzem diferenças de perda de peso não significativas ou equivalentes a dietas convencionais mistas, e tendem a conduzir à recuperação do peso perdido.30,31,32 Além disso, por entre uma panóplia de efeitos de saúde nocivos, induzem desenlaces desfavoráveis nos níveis de LDL, que é altamente aterogénico.33,34 Um estudo que comparou a perda de peso ao fim de um ano descobriu que a dieta Atkins obteve os piores resultados, em contraste com a dieta vegetariana rica em hidrato de carbono que foi a vencedora, e provocou a maior quebra nos níveis de insulina – 27%.35

perda-de-peso-atkins

ORIGEM DAS PERDAS
DE PESO RÁPIDAS: ÁGUA

O peso corporal não é um valor de correspondência linear, pelo facto de diversos tipos de tecido exercem diferentes contribuições para o valor total. Indivíduos com a mesma altura e peso podem ter constituições físicas díspares relativas a percentagens de gordura, músculo ou água que os tornam mais ou menos saudáveis. De forma similar, as perdas de peso não se traduzem implicitamente em perdas de gordura, especialmente quando são abruptas. Cada quilo de gordura contém cerca de 9000 calorias. Mesmo perante a consideração equivocada de que a gordura corporal seria o combustível único e exclusivo de um indivíduo com um dispêndio metabólico diário de 3000 calorias, seriam necessários três dias de jejum total para carburar um só quilo – na prática demoraria bastante mais, uma vez que a gordura apenas fornece parcialmente os requisitos energéticos do organismo por não ser convertível em glucose, conjuntamente com a redução no dispêndio metabólico e na actividade física resultante da imposição restritiva. Esse ponto expõe claramente que as perdas de peso rápidas oferecidas pelas dietas hiperproteicas não provém de gordura, mas sim de desidratação:36

1 – A restrição de hidrato de carbono conduz ao esgotamento das reservas de glicogénio e da água retida com o glicogénio. Por cada parte de glicogénio, três a quatro de água são retidas. Portanto, com a perda de um quilo de glicogénio perdem-se consequentemente os três primeiros quilos.37

2 – Uma vez que o aumento do consumo de proteína produz ureia, que é tóxica e necessita de ser excretada através da urina, o consumo de uma dieta hiperproteica conduz a perda de peso por desidratação.23 Um estudo determinou que a percentagem de peso perdido durante a dieta cetogénica correspondeu a 61.2% de água, 35% de gordura, e 3.8% de proteína, enquanto que durante uma dieta normal mista correspondeu a 37.1% de água, 59.5% de gordura e 3.4% de proteína.38 Também foi demonstrado que esse tipo de dietas produz perdas de gordura inferiores às de dietas baixas em gordura.39

perda-de-peso-dieta-cetogenica

ORIGEM DAS PERDAS DE PESO SUBSEQUENTES: RESTRIÇÃO CALÓRICA

As perdas de peso nas dietas pobres em hidratos de carbono são atingidas da forma mais prejudicial, enganadora e insustentável – apresentarem riscos de saúde sérios e são maioritariamente representadas por água. As perdas de peso que se sucedem não são proporcionadas por qualquer espécie de vantagem metabólica ou restrição de hidratos de carbono, mas sim por restrição calórica.38 Quando um grupo alimentar tão preponderante como os hidratos de carbono é removido da dieta, os pacientes não conseguem compensar a sua ausência ao consumir mais gordura e proteína, o que se traduz em restrição calórica.40 Em adição, a supressão severa de hidrato de carbono e a progressiva dependência em cetonas e proteína provoca falta de apetite41, possivelmente resultante do desígnio biológico de impedir a continuação dos hábitos alimentares patológicos e de proteger o organismo até que a disponibilidade volte a ser manifesta. Uma revisão dos estudos concluiu que em todos os casos, indivíduos numa dieta pobre em hidratos de carbono perdem peso, não por consumirem menos hidratos de carbono, mas por consumirem menos calorias42 – uma estratégia que tende a proporcionar devoluções do peso perdido.43

perda-de-peso-dieta-cetogenica2A noção da vantagem metabólica e de que as perdas de peso são proporcionadas pela restrição de hidratos de carbono é, simplesmente, uma fraude.

RESTRIÇÃO DE CALORIAS E DE
HIDRATOS DE CARBONO: CICLOS IOIÔ

É possível perder peso a consumir qualquer tipo de dieta, desde que o seu consumo crie um deficit energético, uma vez que, quando são consumidas menos calorias do que aquelas que se despendem, o organismo é forçado a catabolizar energia de reserva – sob a forma de massa muscular e adiposa – para suprir a quantidade em falta. No entanto, é a capacidade de manutenção indefinida de um plano dietético que resulta na permanência dos resultados o que compromete a competência de dietas baseadas na restrição alimentar. O peso acaba sempre por retornar ao conferido pelo tipo de dieta que o indivíduo mantém depois do surto restritivo, com a agravante de a fome límbica, imposta pela restrição, favorecer um consumo de alimentos densos em calorias.

Planos dietéticos que comprometem a disponibilidade de calorias de hidratos de carbono, criam uma sabotagem fisiológica que contraria o auto controlo alimentar. É a partir dos hidratos de carbono que são repostos idealmente os níveis de glucose sanguínea que influenciam as regiões do cérebro que regulam a motivação pelo consumo. A privação prolongada tende a conduzir a um sobre consumo posterior, uma vez que há uma maior necessidade de hidrato de carbono para regular o perfil químico necessário para desligar o apetite.44 Níveis baixos de glucose também são preditores da quantidade de peso recuperado depois da perda de peso.45

Quando um indivíduo que despende 3000 calorias por dia, com o intuito de perder peso, reduz o aporte calórico para 1500 calorias, inicia o acumular de um deficit energético que eventualmente se vai tornar explícito sob a forma de um apetite incontrolável, particularmente quando o seu peso corporal estiver marcadamente reduzido – precisamente o ponto ambicionado por quem embarca numa dieta. A partir dessa altura, as concepções dietéticas e idealizações de controlo de peso tornam-se extremamente difíceis de manter perante os impulsos instintivos de “pagar” a dívida calórica. A fome límbica e a sua intensificação, a partir da restrição contínua de calorias e de hidrato de carbono, é a forma de o corpo assumir o comando e impor a satisfação da sua necessidade energética, literalmente por uma questão de sobrevivência, acima dos devaneios dietéticos do “utilizador” – e é exemplificada pela irresistibilidade de alimentos e quantidades que até então não pareciam tão convincentes como uma linha corporal ajustada. O apetite só tende a ser estabilizado quando houver uma compensação suficiente em relação às calorias que estiveram indisponíveis, com a agravante de essa reposição ser direccionada para alimentos nocivos – o que resulta frequentemente em recuperações que excedem o peso perdido.

Gera-se então a tendência de retornar ao período restritivo, com o intuito de perder o peso recuperado – o famoso ciclo das dietas da moda, representado por semanas de contenção, alternadas com o abuso de alimentos que o indivíduo não tem imunidade para resistir, uma vez que privou o seu organismo do consumo das calorias de hidratos de carbono necessárias para o fazer. Essa consequência fundamental pode ser comprovada por todos aqueles que praticam restrição para controlar o peso.

ciclo-ioio
Dietas cetogénicas/ hiperproteicas/ pobres em hidratos de carbono: a receita certa para a instabilidade.

CICLOS IOIÔ:
AFECÇÕES FÍSICAS E MENTAIS

A restrição de calorias e de hidrato de carbono para controlar o peso é explicitamente insustentável e acaba por conduzir aos hábitos alimentares que empurraram para o desejo de embarcar numa dieta da moda em primeiro lugar. Essa é a razão pela qual esse estereótipo dietético falha, prejudicando conjuntamente a saúde física e mental.

Para além das afecções degenerativas graves, a sub-disponibilidade energética e nutricional produz sintomas como a perda de força e resistência, sensibilidade ao frio, perda de libido, irregularidades menstruais, infertilidade, perda de espessura óssea, cura mais lenta de feridas, hipotensão e transtornos psicológicos diversos, tais como a depressão, a morbidez emocional e a irritabilidade.46 Flutuações de peso induzidas pela restrição impõem mudanças neuroquímicas que impactam negativamente a alimentação e a regulação do humor.47 Podem-se desenvolver desordens tais como comer compulsivamente,48,49 anorexia,50 e bulimia.51,52 Sobrepeso e pressão sanguínea, colesterol e cortisol elevado, assim como reduções do exercício físico, são desenlaces prováveis a longo prazo.53,54 O estereótipo do restritor é obcecado com matematizações à mesa e na balança, mas simultaneamente incapaz de manter o estilo de vida activo e o peso corporal estável que realmente ambiciona.

bulimia-nervosa

A Grande Experiência Restritiva

Os poderosos efeitos da restrição foram bem documentados num estudo pioneiro que sujeitou vários homens ao consumo de 1570 calorias por dia – aproximadamente o mesmo promovido por vários nutricionistas e dietistas populares – durante seis meses. Certamente que muitos consumidores de dietas da moda se vão rever nestas linhas:

“Os participantes tornaram-se cada vez mais irritáveis e impacientes uns com os outros, e pequenas coisas que não os incomodavam antes deixavam-nos realmente perturbados. Tinham tonturas, cansaço extremo, dores musculares, perda de cabelo, coordenação pobre e tinnitus, e requisitavam cobertores adicionais mesmo a meio do Verão. Alguns foram forçados a retirar-se de aulas universitárias porque não tinham energia, motivação ou capacidade de concentração para as frequentar. A comida tornou-se uma obsessão e os homens desenvolveram processos, por vezes complexos, para comer a pouca comida providenciada. “Comer tornou-se um ritual… Algumas pessoas diluíam a comida com água para a fazer parecer mais. Outros punham cada pequena dentada na boca e mastigavam-na durante muito tempo para a saborear. Por isso, comer demorava muito.” Vários homens coleccionavam livros de culinária e receitas, e chegaram a ter mais de 100 durante a altura em que a experiência acabou. “Não me lembro de outras coisas na minha vida que pretendia que acabassem mais rapidamente do que a experiência… e não era tanto por causa do desconforto físico, mas porque tornou a comida a coisa mais importante da vida. E a vida passa a ser bastante árida se essa for a única coisa. Se fosse ver um filme, não ficava particularmente interessado nas cenas de amor, mas reparava em todas as vezes em que eles comiam e o que comiam.” Vários participantes concordaram que quase imediatamente após a restrição o seu interesse em mulheres desvaneceu-se. “O ímpeto sexual desapareceu. Não havia.” Um dos participantes lembra-se que o momento mais marcante para ele foi relacionado com uma reacção emocional causada pelo aumento da fraqueza física e exaustão. “Estávamos a um canto e passou um miúdo numa bicicleta que ia mesmo rápido… e eu olhei para ele e disse para mim mesmo – Eu sei para onde ele vai. Vai para casa jantar. E eu não. – Então, por um momento muito breve, eu odiei o miúdo. Lembro-me com horror que possa ter sentido tal coisa. Foi difícil.” Problemas como a anemia, deficits neurológicos e mudanças na pele tornaram-se aparentes. Para alguns, o período de reabilitação provou ser a parte mais difícil da experiência, não tendo sido melhor do que o período de restrição, parcialmente porque não houve um alívio na sensação de fome. Apesar de terem sido avisados para não comerem demais no primeiro dia de recuperação, estavam livres para comerem o que quisessem. Um homem foi levado para o hospital para ter o estômago esvaziado. Outro ficou indisposto por causa de uma das várias refeições que comeu no 1º dia e descobriu que simplesmente “não conseguia satisfazer o apetite por comida ao encher o estômago”. A sensação foi descrita como “uma cavidade com um ano que necessitava de ser cheia.” Muitos ficaram gordos. Estimativas do tempo que demoraram a recuperar variam de dois meses a dois anos. Dois voluntários interromperam a dieta: um roubou e comeu vários nabos crus, e o outro roubou comida do lixo. Ambos sofreram stress psicológico severo durante o período de restrição, que resultou em breves estadias na ala psiquiátrica.”55

estudo-restricao

Então, porque razão há estudos que demonstram benefícios nesse tipo de dietas?

Porque qualquer dieta (ou prática) que promova perda de peso tem o potencial de induzir bem estar e melhoria de factores de risco. Porém, isso não denuncia a qualidade da dieta, mas sim o contraste em relação à dieta e peso anteriores. Como exemplo disso, um professor de nutrição passou da sua dieta convencional de 2600 calorias para uma com menos de 1800 calorias, que era inteiramente constituída por Twinkies. Ao fim de 10 semanas tinha perdido 12 Kg, o colesterol “bom” tinha subido 20%, e o colesterol “mau” e os triglicerídeos tinham caído 20% e 39% respectivamente.56

DIETAS POBRES EM
HIDRATOS DE CARBONO: CONCLUSÃO

As dietas hiperproteicas, além de serem extremamente patogénicas, propõem uma estratégia de perda de peso baseada na desidratação por intoxicação e esgotamento nutricional, assim como por restrição calórica, o que contraria necessidades fisiológicas básicas, e acaba por resultar em períodos de abuso compensatório – a fase de quebra que caracteriza os famosos ciclos ioiô.

Todos os planos alimentares pobres em hidratos de carbono e caloricamente restritivos estão destinados a falhar, pela simples razão de que é impossível manter a restrição continuamente, o que resulta num retornar aos hábitos anteriores, com a menos-valia de um apetite redobrado aliado aos potenciais efeitos adversos da dieta/restrição.

As personagens que convencem a população de que o peso corporal se controla com dietas loucas não provêm apenas das capas dos livros da moda, mas também dos circuitos profissionais convencionais que, aliás, ascendem às mesmas certificações académicas. A abordagem rúptil é fomentada largamente por nutricionistas e médicos desprovidos da experiência, sofisticação e conhecimento que deveria caracterizar a sua própria profissão.

iara-rodriguesIara Rodrigues, mais uma nutricionista perdida: fala em “prevenir a fome, porque quando vem a fome vem a vontade de comer”, no entanto, serve um plano alimentar com aproximadamente 500 calorias por dia. Fala em “desintoxicação”, enquanto incentiva bases calóricas dos alimentos mais intoxicantes: carne, peixe e lacticínios. E, claro está, promove “cortar no vício dos hidratos de carbono” e uma “fase isenta de hidratos de carbono” onde serve “sopa de legumes sem batatas”…


1 – Halkjær J, Olsen A, Overvad K, Jakobsen MU, Boeing H, Buijsse B, Palli D. Intake of total, animal and plant protein and subsequent changes in weight or waist circumference in European men and women: the Diogenes project. Int J Obes (Lond). 2011 Aug;35(8):1104-13.
2 – Kahn HS, Tatham LM, Rodriguez C, Calle EE, Thun MJ, Heath CW Jr. Stable behaviors associated with adults’ 10-year change in body mass index and likelihood of gain at the waist. Am J Public Health. 1997 May;87(5):747-54.
3 – Appleby PN, Thorogood M, Mann JI, Key TJ. Low body mass index in non-meat eaters: the possible roles of animal fat, dietary fibre and alcohol. Int J Obes Relat Metab Disord. 1998 May;22(5):454-60.
4 – Holt SH, Delargy HJ, Lawton CL, Blundell JE.The effects of high-carbohydrate vs high-fat breakfasts on feelings of fullness and alertness, and subsequent food intake. Int J Food Sci Nutr. 1999 Jan;50(1):13-28.
5 – Stubbs RJ. Peripheral signals affecting food intake. Nutrition. 1999 Jul-Aug;15(7-8):614-25.
6 – Lourenço BH, Cardoso MA, for the ACTION Study Team (2014) C-Reactive Protein Concentration Predicts Change in Body Mass Index during Childhood. PLoS ONE . 9(3): e90357.
7 – Vergnaud AC, Norat T, Romaguera D, Mouw T, May AM, Travier N, Luan J, Wareham N, Slimani N, Rinaldi S, Couto E, Clavel-Chapelon F, Boutron-Ruault. Meat consumption and prospective weight change in participants of the EPIC-PANACEA study. Am J Clin Nutr. 2010 Aug;92(2):398-407.
8 – Gilsing AM, Weijenberg MP, Hughes LA, Ambergen T, Dagnelie PC, Goldbohm RA, Brandt PA, Schouten LJ. Longitudinal changes in BMI in older adults are associated with meat consumption differentially, by type of meat consumed. J Nutr. 2012 Feb;142(2):340-9. doi: 10.3945/jn.111.146258. Epub 2012 Jan 5.
9 – Remer T, Pietrzik K, Manz F. A moderate increase in daily protein intake causing an enhanced endogenous insulin secretion does not alter circulating levels or urinary excretion of dehydroepiandrosterone sulfate. Metabolism. 1996 Dec;45(12):1483-6.
10 – Nuttall FQ, Mooradian AD, Gannon MC, Billington C, Krezowski P. Effect of protein ingestion on the glucose and insulin response to a standardized oral glucose load. Diabetes Care. 1984 Sep-Oct;7(5):465-70.
11 – S H Holt,  J C Miller, P Petocz. An insulin index of foods: the insulin demand generated by 1000-kJ portions of common foods. Am J Clin Nutr November 1997 vol. 66 no. 5 1264-1276
12 – Riccardi G, Giacco R, Rivellese AA. Dietary fat, insulin sensitivity and the metabolic syndrome. Clin Nutr. 2004 Aug;23(4):447-56.
13 – Kennedy A, Martinez K, Chuang CC, LaPoint K, McIntosh M. Saturated fatty acid-mediated inflammation and insulin resistance in adipose tissue: mechanisms of action and implications. J Nutr. 2009 Jan;139(1):1-4. doi: 10.3945/jn.108.098269. Epub 2008 Dec 3.
14 – J. Shirley Sweeney. A Comparison of the Effects of General Diets and of Standardized Diets on Tolerance for Dextrose. Arch Intern Med (Chic). 1928;42(6):872-876.
15 – John D. Brunzell, M.D., Roger L. Lerner, M.D., William R. Hazzard, M.D., Daniel Porte, Jr., M.D., and Edwin L. Bierman, M.D. Improved Glucose Tolerance with High Carbohydrate Feeding in Mild Diabetes. N Engl J Med 1971; 284:521-524.
16 – Frances Sizer, Ellie Whitney. (2013) Nutrition: Concepts and Controversies. Brooks Cole.
17 – Tom Sanders, Peter Emery. (2002) Molecular Basis Of Human Nutrition . Lifelines (Taylor & Francis).
18 – Daxenberger A, Ibarreta D, Meyer HH. Possible health impact of animal oestrogens in food. Hum Reprod Update. 2001 May-Jun;7(3):340-55.
19 – Ji K, Kho Y, Park C, Paek D, Ryu P, Paek D, Kim M, Kim P, Choi K. Influence of water and food consumption on inadvertent antibiotics intake among general population. Environ Res. 2010 Oct;110(7):641-9.
20 – Esposito S, Preti V, Consolo S, Nazzari E, Principi N. Adenovirus 36 infection and obesity. J Clin Virol. 2012 Oct;55(2):95-100.
21 – Giovannini C, Sellini M, Manzo G, Barletta C, Scavo D. [The influence, in normal subjects, of a high-protein normocaloric diet on the response of cortisol, ACTH, GH, and PRL to insulin hypoglycemia]. Boll Soc Ital Biol Sper. 1982 Feb;58(3-4):121-7.
22 – Tomiyama AJ, Mann T, Vinas D, Hunger JM, Dejager J, Taylor SE. Low calorie dieting increases cortisol. Psychosom Med. 2010 May;72(4):357-64.
23- Eleanor Whitney. (2010) Understanding Nutrition. Wadsworth.
24 – William D. McArdle BS M.Ed PhD, Frank I. Katch, Victor L. Katch. Essentials of Exercise Physiology 4th Edition. LWW.
25 – Wurtman JJ, Moses PL, Wurtman RJ. Prior carbohydrate consumption affects the amount of carbohydrate that rats choose to eat. J Nutr. 1983 Jan;113(1):70-8.
26 – Chaput JP, Tremblay A. The glucostatic theory of appetite control and the risk of obesity and diabetes. Int J Obes (Lond). 2009 Jan;33(1):46-53.
27 – Dirlewanger M, di Vetta V, Guenat E, Battilana P, Seematter G, Schneiter P, Jéquier E, Tappy L. Effects of short-term carbohydrate or fat overfeeding on energy expenditure and plasma leptin concentrations in healthy female subjects. Int J Obes Relat Metab Disord. 2000 Nov;24(11):1413-8.
28 – Flatt JP. The difference in the storage capacities for carbohydrate and for fat, and its implications in the regulation of body weight. Ann N Y Acad Sci. 1987;499:104-23.
29 – American Dietetic Association; Dietitians of Canada. Position of the American Dietetic Association and Dietitians of Canada: Vegetarian diets. J Am Diet Assoc. 2003 Jun;103(6):748-65.
30 – Gary D. Foster, Ph.D., Holly R. Wyatt, M.D., James O. Hill, Ph.D., Brian G. A Randomized Trial of a Low-Carbohydrate Diet for Obesity. N Engl J Med. 2003; 348:2082-2090
31 – Yancy WS Jr, Olsen MK, Guyton JR, Bakst RP, Westman EC. A low-carbohydrate, ketogenic diet versus a low-fat diet to treat obesity and hyperlipidemia: a randomized, controlled trial. Ann Intern Med. 2004 May 18;140(10):769-77.
32 – Atallah R, Filion KB, Wakil SM, Genest J, Joseph L, Poirier P, Rinfret S, Schiffrin EL, Eisenberg MJ. Long-term effects of 4 popular diets on weight loss and cardiovascular risk factors: a systematic review of randomized controlled trials. Circ Cardiovasc Qual Outcomes. 2014 Nov;7(6):815-27.
33 – Tian Hu, Katherine T. Mills, Lu Yao, Kathryn Demanelis, Mohamed Eloustaz, William S. Yancy, Jr, Tanika N. Kelly, Jiang He, and Lydia A. Bazzano. Effects of Low-Carbohydrate Diets Versus Low-Fat Diets on Metabolic Risk Factors: A Meta-Analysis of Randomized Controlled Clinical Trials. Am J Epidemiol. 2012 Oct 1; 176(Suppl 7): S44–S54.
34 – Mansoor N, Vinknes KJ, Veierød MB, Retterstøl K. Effects of low-carbohydrate diets v. low-fat diets on body weight and cardiovascular risk factors: a meta-analysis of randomised controlled trials. Br J Nutr. 2016 Feb 14;115(3):466-79.
35 – Michael L. Dansinger, MD; Joi Augustin Gleason, MS, RD; John L. Griffith.  Comparison of the Atkins, Ornish, Weight Watchers, and Zone Diets for Weight Loss and Heart Disease Risk Reduction, A Randomized Trial. JAMA. 2005 Jan 5;293(1):43-53.
36 – St Jeor ST, Howard BV, Prewitt TE, Bovee V, Bazzarre T, Eckel RH. Dietary protein and weight reduction: a statement for healthcare professionals from the Nutrition Committee of the Council on Nutrition, Physical Activity, and Metabolism of the American Heart Association. Circulation. 2001 Oct 9;104(15):1869-74.
37 – Stephen N Kreitzman, Ann Y Coxon, Kalman F Szaz. Glycogen storage: illusions of easy weight loss, excessive weight regain, and distortions in estimates of body composition. Am J Clin Nutr July 1992 vol. 56 no. 1 292S-293S
38 – Yang MU, Van Itallie TB. Composition of weight lost during short-term weight reduction. Metabolic responses of obese subjects to starvation and low-calorie ketogenic and nonketogenic diets. J Clin Invest. 1976 Sep;58(3):722-30.
39 – Hall KD, Bemis T, Brychta R, Chen KY, Courville A, Crayner EJ, Goodwin S, Guo J, Howard L, Knuth ND, Miller BV 3rd, Prado CM, Siervo M, Skarulis MC, Walter M, Walter PJ, Yannai L. Calorie for Calorie, Dietary Fat Restriction Results in More Body Fat Loss than Carbohydrate Restriction in People with Obesity. Cell Metab. 2015 Sep 1;22(3):427-36.
40 – Astrup A, Meinert Larsen T, Harper A. Atkins and other low-carbohydrate diets: hoax or an effective tool for weight loss? Lancet. 2004 Sep 4-10;364(9437):897-9.
41 – Gibson AA, Seimon RV, Lee CM, Ayre J, Franklin J, Markovic TP, Caterson ID, Sainsbury A. Do ketogenic diets really suppress appetite? A systematic review and meta-analysis. Obes Rev. 2015 Jan;16(1):64-76.
42 – Marjorie R. Freedman, Janet King, and Eileen Kennedy. Popular diets a scientific review. Obesity Research. Vol. 9 Suppl. 1 March 2001
43 – Pankevich DE, Teegarden SL, Hedin AD, Jensen CL, Bale TL. Caloric restriction experience reprograms stress and orexigenic pathways and promotes binge eating. J Neurosci. 2010 Dec 1; 30(48):16399-407
 44 – Wurtman JJ, Moses PL, Wurtman RJ. Prior carbohydrate consumption affects the amount of carbohydrate that rats choose to eat. J Nutr. 1983 Jan;113(1):70-8
45 – Chaput JP, Tremblay A. The glucostatic theory of appetite control and the risk of obesity and diabetes. Int J Obes (Lond). 2009 Jan;33(1):46-53.
46 – Amie J. Dirks, Christiaan Leeuwenburgh. Caloric restriction in humans: Potential pitfalls and health concerns. Mechanisms of Ageing and Development. 127 (2006) 1-7
47 – P.C. Chandler-Laney, E. Castaneda, C.E. Pritchett. A history of caloric restriction induces neurochemical and behavioral changes in rats consistent with models of depression. Pharmacology, Biochemestry and Behaviour. Volume 87 Issue 1, May 2007, Pages 104-114
48 – Pankevich DE, Teegarden SL, Hedin AD, Jensen CL, Bale TL. Caloric restriction experience reprograms stress and orexigenic pathways and promotes binge eating. J Neurosci. 2010 Dec 1; 30(48):16399-407
49 – Wendy Foulds Mathes, Kimberly A. Brownley, Xiaofei Mo, Cynthia M. Bulik. The Biology of Binge Eating. Appetite. 2009 Jun; 52(3): 545–553.
50 – Federica Tozzi, Patrick F. Sullivan, Jennifer L. Fear, Jan McKenzie, Cynthia M. Bulik. Causes and recovery in anorexia nervosa: The patient’s perspective. International Journal of Eating Disorders Volume 33, Issue 2, pages 143–154, March 2003
51 – Zunker C, Peterson CB, Crosby RD, Cao L, Engel SG, Mitchell JE, Wonderlich SA. Ecological momentary assessment of bulimia nervosa: does dietary restriction predict binge eating? Behav Res Ther. 2011 Oct;49(10):714-7.
52 – Polivy J, Herman CP. Dieting and binging. A causal analysis. Am Psychol. 1985 Feb;40(2):193-201.
53 – Weight control information network, US department of health and human services.
54 – A. Janet Tomiyama, Ph.D.,Traci Mann, Ph.D., Danielle Vinas, B.A.,Jeffrey M. Hunger. Low Calorie Dieting Increases Cortisol. Psychosom Med. 2010 May; 72(4): 357–364.
55 – Leah M. Kalm, Richard D. Semba. They Starved So That Others Be Better Fed: Remembering Ancel Keys and the Minnesota Experiment. J. Nutr. June 1, 2005 vol. 135 no. 6 1347-1352.
56 – Madison Park, CNN. Twinkie diet helps nutrition professor lose 27 pounds. November 8, 2010.