A composição dos ovos indica claramente a perigosidade inerente ao seu consumo: mais de 60% das calorias provém de gordura – parcialmente saturada – a gema é a principal fonte dietética de colesterol e de colina, e a clara é riquíssima em proteína animal, substâncias com o potencial de promoverem a aterosclerose e a carcinogénese.
OVOS E DOENÇA CARDIOVASCULAR
A gema de um único ovo, que pesa apenas 17 g, contém tanto colesterol como cerca de 200 g de bacon. O colesterol dietético aumenta a produção e a oxidação do colesterol de baixa densidade e potencia os efeitos nefastos da gordura saturada, o que conduz a inflamação vascular, stress oxidativo, hiperlipidemia, comprometimento da função do endotélio e, em consequência, a doença cardiovascular.1 O consumo diário da quantidade de colesterol encontrada num único ovo foi associado a uma diminuição da esperança de vida equivalente à de fumar 25 000 cigarros – 5 cigarros por dia durante 15 anos.2 Os que consomem mais ovos podem ter 2/3 do risco daqueles que fumam mais de desenvolver aterosclerose – o equivalente a um maço por dia durante 40 anos ou mais.3 Adicionalmente, os ovos são ricos em colina, que é convertida por bactérias intestinais em óxido de trimetilamina, uma substância pró-aterogénica.4
O consumo de colesterol exerce fortes efeitos no desenvolvimento de aterosclerose.
PROPAGANDA: “O MITO DO COLESTEROL”
A indústria dos ovos – um segmento da indústria da carne – investe parte dos seus lucros profusos no forjamento de estudos convenientes aos seus desígnios. Mesmo em indivíduos saudáveis, basta ingerir pequenas quantidades de colesterol dietético para aumentar significativamente o colesterol sanguíneo, o que conduz à doença cardiovascular.5 No entanto, a magnitude do aumento depende do nível de colesterol dietético base. A maior resposta acontece quando o colesterol base é quase zero, enquanto que pouca ou nenhuma alteração medível é esperada quando o colesterol base é superior a 400-500 mg/d. Portanto, uma das estratégias de manipulação consiste na comparação dos efeitos do consumo elevado de ovos numa população, com os de outra que já consome quantidades elevadas de gordura saturada e de colesterol – o que faz com que uma dieta rica em ovos pareça ser neutra.6 Outra estratégia é a de fazer as medições dos factores de risco não após a ingestão dos ovos, mas somente quando os notórios efeitos pós refeição estão grandemente dissipados. Uma vez que os níveis de colesterol em jejum são determinados principalmente pela produção de colesterol no fígado, e se relacionam pouco com o que o paciente consumiu anteriormente, é possível mascarar a perigosidade ao fazer a medição do efeito tardiamente.7 É a partir desse tipo de fraudes que se promovem as mentiras sobre a ausência de malefício do consumo de colesterol dietético, que são prontamente mediatizadas e largamente aceites, inclusivamente em circuitos profissionais.
O colesterol sanguíneo – que é claramente aumentado pelo consumo de colesterol dietético8 – foi estabelecido como o agente causal na aterosclerose durante muitas décadas de investigação extensa.9 De facto, quanto mais elevado o nível de colesterol sanguíneo maior o risco de desenvolver doença cardíaca ou de ter um enfarte cardíaco.10 Por sua vez, a proteína animal, que abunda na clara, é provavelmente um dos principais restritores de longevidade em humanos, por activar a via metabólica mTOR e fazer subir os níveis de IGF-1.11
Já o devia ter rasgado há muito, porque é esse o consenso científico desde que se começou a investigar a relação entre a dieta e a incidência de doença cardiovascular.8,9 Uma meta-análise de 395 estudos metabólicos, onde as condições são rigorosamente controladas laboratorialmente, expressa a conclusão inequívoca de que aumentos do consumo de gordura saturada ou de colesterol (substâncias que os ovos providenciam abundantemente) faz subir os níveis de colesterol sanguíneo.12 Ou que tal a declaração da National Academy of Sciences, uma das instituições científicas mais prestigiadas do mundo, que afirma, baseada num quase infindável recurso de provas, que: “A gordura saturada e o colesterol alimentar fazem subir os níveis de colesterol sanguíneo.”10 “Não estabelecemos limites para o consumo de gordura saturada e de colesterol porque qualquer consumo acima de zero aumenta o risco.”13 Ou ainda a promulgação baseada em ciência da European Food Safety Authority, de que o consumo de gordura saturada e de colesterol “deve ser o mais baixo possível.”14
William C. Roberts, professor no American College of Cardiology, actual editor tanto do American Journal of Cardiology como do Baylor University Medical Center Proceedings, autor de mais de 1500 artigos e de 4 livros sobre doença cardiovascular, expõe diversos pontos de evidência que demonstram o papel causal do colesterol no desenvolvimento de aterosclerose.
“SÓ COMO AS CLARAS…”
Por entre um largo espectro de afecções, uma dieta rica em proteína animal quadruplica o risco de cancro – um aumento equivalente ao de fumar – e aumenta drasticamente a mortalidade, associações essas que são abolidas ou atenuadas se as proteínas forem derivadas de plantas.15 A relação entre a proteína e a carcinogénese é tão linear que é possível ligar e desligar o desenvolvimento de tumores, tanto no estado inicial como no tardio, apenas ao controlar o conteúdo proteico.16 A proteína animal sobre-activa a via metabólica mTOR (Mammalian Target of Rapamycin) que é responsável pela promoção do crescimento e proliferação celular e supressão da autofagia.17 Essa condição é extremamente favorecedora da iniciação e desenvolvimento cancerígeno, e é prevalente em diversos tipos de cancro.18 Para além disso, a proteína animal é o principal estimulador da produção de IGF-1, (Insulin Like Growth Factor 1) – uma hormona que controla o crescimento e o desenvolvimento celular.19 Uma vez que as células malignas possuem grandes concentrações de receptores de IGF-1, quando os seus níveis se encontram anormalmente elevados, todos os processos da carcinogénese são acelerados.20 Supõe-se que seja essa uma das principais razões pela epidemia moderna de cancros.21,22,23,24 Homens com consumos elevados de proteína têm níveis médios de IGF-1 sanguíneo 25% mais elevados comparativamente aos com os consumos mais baixos.25
Apesar de ser considerada ideal e largamente consumida por fisiculturistas, a suplementação com proteína do ovo não demonstrou benefícios em termos de composição corporal ou força em relação ao consumo de hidratos de carbono, e fez subir os níveis de ureia.26
OVOS E DIABETES
Existe não só uma associação positiva entre a quantidade de ovos consumidos e a incidência de doença cardiovascular, mas também de diabetes.27,28 O consumo de mais de 5 ovos por semana triplica o risco de diabetes em relação a menos de 1 ovo por semana.29
OVOS E CANCRO
A associação entre o consumo de ovos e o risco de cancro é expressiva. Para além dos efeitos carcinogénicos representados pelo colesterol, pela gordura saturada e pela proteína animal, os ovos possuem grandes quantidades de colina, uma substância excepcionalmente abundante em células cancerígenas. Por essa razão, o consumo de ovos proporciona um ingrediente necessário para o desenvolvimento e estruturação de tumores. Num estudo, homens que consumiam 2.5 ou mais ovos por semana tinham um risco de cancro da próstata letal 81% mais elevado do que aqueles que consumiam menos de meio ovo por semana.30 Noutro estudo, homens que consumiam mais colina tinham um risco de cancro da próstata letal 70% superior.31 Outro ainda, determinou que o risco de progressão de cancro da próstata duplicava em homens que consumiam mais ovos.31
OVOS E SALMONELA
A contaminação dos ovos por bactérias perigosas é um problema prevalente e está reconhecido que, nesse aspecto, nenhum método de preparação torna o seu consumo seguro. A salmonela pode ser recuperada dos dedos depois de partir ovos intactos contaminados com os conteúdos da bactéria, e os utensílios de cozinha usados para misturar os ovos contêm salmonela mesmo depois de lavados. Depois de bater os ovos, a salmonela é espalhada a mais de 40 cm da taça de mistura e pode ser recuperada 24 horas depois da contaminação na superfície de trabalho.32 A salmonela sobrevive em omeletes e ovos estrelados.33
ÉTICA E O CONSUMO DE OVOS
Os pintainhos macho são mortos por esmagamento, asfixia ou simplesmente descartados como lixo vivo. As fêmeas são extorsionadas sem escrúpulos pelos seus ovos e carne.
13 – The National Academy of Sciences. Health and Medicine Division. Dietary Reference Intakes for Energy,Carbohydrate, Fiber, Fat, Fatty Acids, Cholesterol, Protein, and Amino Acids, Released September 2002
14 – European Food Safety Authority, Scientific Opinion on Dietary Reference Values for fats, including saturated fatty acids, polyunsaturated fatty acids, monounsaturated fatty acids, trans fatty acids, and cholesterol. Panel on Dietetic Products, Nutrition and Allergies. EFSA Journal: EFSA Journal 2010; 8(3):1461 [107 pp.].
33 – Stadelman, W. J.; Muriana, P. M.; Schmieder, H., 1995: The effectiveness of traditional egg-cooking practices for elimination of Salmonella enteritidis. Poultry Science. 74(suppl. 1): 119
Quanta bobagem! E quanto a consenso científico, lembro a resposta de Einstein, quando lhe foi apresentado um documento assinado por 100 cientistas da época, refutando sua teoria. Ele respondeu: “Por que 100? Bastava um!” É assim a ciência, consensos existem para ser destruídos, e esse já o foi há muito tempo. Tente “argumentar” com esse nível de tolice lá no blog do Dr. Souto, low carb paleo, e prepare-se para ser muito, muito humilhado.
Acorde, Fernando. Este artigo é substanciado por dados de estudos elaborados por investigadores proeminentes – tais como David Jenkins, Walter Willett e Colin Campbell – assim como pelas instituições científicas mais prestigiadas do mundo – tais como a National Academy of Sciences ou a European Food Safety Authority – não por blogues de dietas da moda.
Grandes interesses económicos por detrás de quem ousa fazer estas apologias são patentes e evidentes.
Mais não pretendem do que deixar as pessoas confusas para poderem validar suas teorias em prol de interesses bastante mais rendosos.
É preciso estar muito atento, e por vezes nem assim se consegue chegar a respostas claras e evidentes do que é certo e do que é errado.
No caso vertente, dos ovos, é bem notória a forma como se pretende desmontar algo que alguém vem demonstrando e alertando do quão falso é o mito de que ovos são razão de aumento do colesterol.
Veja-se a quantidade de links anexos para que as pessoas sejam convencidas de suas afirmações. Porém, não vejo nenhuma estatística séria onde pessoas submetidas a regimes de alimentação à base de ovos, nas porções adequadas, tenha visto, por essa razão o aumento de seus níveis de colesterol.
Mas antes seria bom mesmo procurar saber qual a razão base do aumento do colesterol, e é fácil verificar que tem a ver com outros factores bem diferentes que não o consumo de ovos. Claro que isso não interessa demonstrar e, procura-se rebater usando sua própria lógica de que quem defende que ovos não fazem mal, está a promover os interesses dos produtores de ovos.
O Dr Lair Ribeiro tem um Curriculum que convém ter conhecimento para que suas afirmações possam ser entendidas com fundamento em seus largos conhecimentos, estudos e investigação. Depois verificar suas explicações dos respectivos mecanismos que levam aos resultados por ele apresentados. Mas não só o Dr. Lair, como, felizmente outros também estão chegando às mesmas conclusões.
Peço relevem algum erro, porque não revi. Obrigado.
Bom dia, José. Caso consiga demonstrar quais os interesses económicos subjacentes ao conteúdo do artigo ele será prontamente removido. Obrigado.
Quanta idiotice em um só artigo!!!
Bom dia, Francisco. Caso consiga discernir alguma afirmação que não resulte de uma interpretação honesta dos dados dos estudos, o artigo será prontamente reformulado. Obrigado.
QUANTA BESTEIRA, MATÉRIA TENDENCIOSA! PRINCIPALMENTE QUANTO SE FALA DO DR. LAIR RIBEIRO, ADMIRAVA ESTA PÁGINA MAS POR NÃO PESQUISAR PROFUNDAMENTE SOBRE O ASSUNTO PRA MIM PERDEU TODA CREDIBILIDADE.
Bom dia, Cleber. Caso consiga discernir alguma afirmação que não resulte de uma interpretação honesta dos dados dos estudos, o artigo será prontamente reformulado. Obrigado.
Eu faço pelo último trecho do artigo que ninguém acha tolice ou besteira, ou acha ?
Faço pelo direito sagrado a vida que todo ser vivo tem e antes de dizer a tolice que eu mato plantas lhe convido a ir com seu filho pequeno pegar meu almoço depois vamos no matadouro pegar o seu.
Assim. Se é possível viver sem produtos derivados de animais, eu vivo e muito bem.
Quanto a saúde, isto o tempo prova, boa sorte .
Boa noite, Alexandre. Opção sensata. Um abraço.
Que matéria do Ovo sem noção. É claramente um ataque de medo perante o Dr. Lair Ribeiro, pois se a matéria tivesse algum valor seria apenas de informe sobre o Ovo e não teria o Ataque a ele. Quanto mais vcs fazem isso mais acreditamos nele.
Bom dia, Alvin. Averigúe os factos. Nutrição não é religião.
Mas uma coisa é se basear na ingestão da quantidade X de “ovos” outra coisa é se basear em um estilo de vida totalmente diferente do que a maioria das pessoas vivem hoje.; onde há o consumo violentamente exagerado de corante, conservante, estresse, tabagismo, sedentarismo, uso abusivo de medicamentos, álcool etc…
Não acredito que exista uma verdade absoluta, mas também o bom senso não foi usado nesse caso, quando se baseia em denegrir a imagem de alguém, para defender um ponto de vista.
Bom dia, Ana. O artigo não denigre a imagem, denigre as afirmações, à luz da evidência científica e meramente para benefício público.
Mandou bem
Essa matéria é criminosa, ja falei com meu advogado, ele vai entrar com uma ação penal,
é so aguardar…………
Portanto, uma ameaça vazia que ascende à frustração de não ter argumentos…
Solicito ao admin que apague o comentário acima com meu nome. Não fui eu quem postei isso, e sim uma ex namorada tentando me difamar na internet. Grato.
Párabens pelo texto amigo, triste ver pessoas lidando de forma tão clubista e religiosa sobre um assunto técnico e sério. Tenho uma tia que é cega neste nutrólogo, e por mais que a gente mostre pesquisas e achá dos científicos ela age da mesma forma.
Mas é fácil de entender porque as pessoas reagem assim, ele faz um discurso de Salvador e revolucionário, de que todos estão sendo enganados pela indústria. Mas mal sabem eles que o grande lobby político e industrial por trás destas pesquisas é justamente da carne, que por seguinte está a do leite e dos ovos…
Adorei teu texto. Forte abraço e obrigado pela colaboração
Boa noite, Elias. Obrigado pelo discernimento e lucidez. Tudo de bom!
Elias, concordo em partes com você. Principalmente quanto ao brilhantismo e utilidade do texto. Parabenizo o David Millions pela educação e polidez com que refuta e detona comentários agressivos e apologistas ao dr. Lair ribeiro, a quem reputo como um grande nutrólogo e coching de saúde e auto ajuda o que não me impediu de me tornar vegano, mas que ajudou e ajuda sobremaneira na manutenção de minha saúde. Dr. Lair e um homem inteligente e vai acabar concordando com o estudo que diz que produtos de origem animal não são adequados aos seres humanos, isso se a colina contido nos ovos não lhe atrapalhar a brilhante carreira medica, já que ela é um grande agente de controle demográfico.
Olá. A maioria das afirmações do texto mostra conclusões. Gostaria de saber se podem me enviar os desenvolvimentos argumentativos de nexo entre os resultados pesquisados e as conclusões tomadas (livelimar@ig.com.br). Sou ovo-lacto-vegetariano, e não tenho desejo de voltar a comer carne, mas preciso de substitutos não caros, mas eficientes. Obrigado pelo apresentado no texto, mas sou leigo no assunto, no que diz respeito ao desenvolvimento argumentativo científico a favor ou contra o uso dos ovos (os nexos entre os resultados e as conclusões), e pretendo me aprofundar em ambos os lados. Desde já, agradeço.
Otimo texto! Obrigada por compartilhar toda essa informação!
Boa noite, Thainy. Obrigado pela atenção. Bem haja!
Acho tendencioso. Ok, o sofrimento dos pintinhos, sacrificados ao nascer, valem abandonarmos os ovos. Mas caso o tenhamos de galinhas soltas e bem cuidadas, não há sofrimento pois os ovos são sua ovulacão. Elas o darão de qualquer forma.
Quanto ao efeito na saúde, conversem com uma nutricionista. Estudos podem ser manipulados de todas as formas. Conheço pessoas que comem ovos há anos, estão fortes, sadias, são atletas e até mesmo idosas; sem dano há saúde. Testem em vocês. seu corpo é o melhor conselheiro e amigo. É possível senti-lo e entendê-lo. Apenas alimentação – sem comparar com exercícios, ritmo de metabolismo, combinação de enzimas etc. – não é base para conclusões.
Boa noite, Neuza. Deplorar a evidência científica em prol de testes pessoais, não passa de uma estratégia imprudente de salvaguardar preconceitos distorcidos.
Dentre tantas verdades e mentira, eu busco fazer os testes comigo mesmo.
Achei também desnecessário exemplificar o caso do Dr. Lair Ribeiro, desde que a prova não se cabe a contradição de alguem e sim a fonte. Não existe razão nenhuma falar dele ou de outro, pois isso não mostra mais verdade!
Sobre o OVO, me desculpem, na pratica, eu que moro em uma área ” rural” onde se come ovo todo dia e toda hora, contradiz com essa materia, pois aqui não há casos de morte por problemas causados pelo alto nivel de colesterol ou ligados ao que a matéria diz.
Nossos nativos dessa area morrem depois dos 80 anos. Fica ai a dica: A verdade pode estar a sua volta, diante de tanto investimento da industria, impulsionando produtos, vale mais a pena acreditar no que voce realmente ve. Eu vou continuar comendo ovo toda hora, pois quero viver até os 80 anos como meus vizinhos …
Boa noite, André. A inclusão da opinião de outros “especialistas” é oportuna, particularmente, tendo em consideração que são esses mesmos “especialistas” que fomentam conceitos nutricionais prepósteros. Quanto à decisão de consumir ovos “todo dia e toda hora” a partir da observação dos seus vizinhos que “morrem depois dos 80 anos”, sugiro que observe, então, os princípios dietéticos das populações mais longevas do mundo, apropriadamente sintetizados no seguinte artigo:
https://compreendernutricao.com//argumento-populacional-evidencia-da-saude-dos-povos/
Agradeço pela coragem e pelo artigo, é de bom gosto e de boa fama. Lidar com a higiene é mais difícil mesmo.
Bem vindo, David. Obrigado!
Até que demorou para aparecer alguém para tentar denegrir a imagem do Dr Lair Ribeiro. Isso só mostra que ele está conseguindo atingir seus objetivos que é mostrar para a maioria da população como as industriais alimentícias e farmacêuticas nos manipulam para consumir o que eles produzem, pensando meramente em benefícios próprios, sem se importar com a nossa saúde.
Boa noite, Marlene. Atendendo a que o sector de produção animal é o mais poderoso da indústria alimentar, e que a carne mais vendida no Brasil é a de aves – uma actividade intrinsecamente ligada à produção de ovos – é facilmente perceptível que a sua suposição é desprovida de fundamento. Em adição, a promoção do consumo discricionário de ovos é uma novidade recente, forjada com o recurso a agentes favoráveis à indústria.
Isso aí só pode ter sido inventado pelo dono da Friboi. Kkkkkkk
Confesso que não li direito o artigo, mas a muito tempo que já se compreendeu que não é o consumo de alimentos com colesterol q gera o colesterol endógeno, assim como não é o consumo de gordura (gorduras naturais saudaveis) que geram a gorduram corporal. Não é assim que funciona. Podem ter dados com algumas sentido, principalmente relação aos direitos animais, mas dizer que a composição nutricional do ovo não é saudável não convenceu.
Bom dia, Camila. O consumo de colesterol dietético está definitivamente associado ao aumento do colesterol sanguíneo, da mesma forma que o consumo excessivo de gordura é uma das chaves na etiologia da obesidade.
https://compreendernutricao.com//consumir-carne-lacticinios-e-ovos-provoca-doenca-cardiovascular/
https://compreendernutricao.com//a-gordura-engorda/
http://www.express.co.uk/life-style/health/778727/cancer-prostate-ovarian-eggs
Este é só um artigo, com fundamento e credibilidade que desmente a vossa opinião. E só pesquisar para encontrar muitos mais.
Por cada estudo que referem, encontram outros tantos a dizer o contrário.
A exploraçao dos pintos não me convence, pelo que isso nem tenho em conta. Vou continuar a consumir os ovos biológicos, como tenho feito.
Um artigo com “fundamento e credibilidade” que é baseado na opinião de uma instituição patrocinada por empresas que subsistem a vender produtos com ovos… Em contrapartida, eis uma meta-análise que confirma que o consumo de dois ou mais ovos por semana está associado ao aumento do risco de cancro da mama…
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24504557
Obrigado por ajudar a me decidir em não mais consumir ovos, antes de mais nada é uma questão pessoal consumi-los ou não, e não fundamento minha decisão apenas nos dados científicos apresentados, que são bastante coerentes, e sim como a indústria do ovo vem tratando os seus produtos, sua forma de explora-los economicamente, e todo o viés que a sociedade atribui a cultura de seu consumo. Basta parar de consumi-los por algum tempo, para verificar que há muito mais benefícios do que prejuízos.
Bom dia, Beto. Obrigado pela clareza de julgamento!
A primeira vez q vi um vídeo dele no facebook me passou pela cabeça ” Nossa um pastor falando de nutrição no culto” :O depois entendi que ele não era pastor… mas, é uma boa tática de entrar na nossa mente..
“Nossa um pastor falando de nutrição no culto” – Touche!
A ciência é assim, bem exata e confiável mesmo, SQN.
Uma hora o café é o vilão, outra hora é o herói.
O mesmo com tudo que comemos.
O ovo, mesma coisa, uma hora é ruim, noutra é o 2o melhor alimento do mundo.
E agente aqui, que nem palhaço tentando seguir tais brilhantes descobertas.
Vão melhorar o que vocês fazem viu, porque até lá, estamos melhores vivendo como os nossos bisavós, e viva a banha de porco!
Bom dia, Juarez. A ciência nunca determinou que o ovo é o “2o melhor alimento do mundo” – essa determinação foi promovida por um personagem que deplora o consenso científico. As recomendações para limitar o consumo de colesterol – do qual os ovos são a principal fonte – persistem há dezenas de anos. De igual forma, no tempo dos seus bisavós, o consumo abundante de carne, peixe, ou lacticínios estava reservado aos ricos, que já morriam das doenças que caracterizam os dias de hoje.
Porque será que o Dr. Lair tem toda essa saúde comendo 6 ovos por dia há mais de 15 anos? Ou será que é mentira também? Enfim, hoje em dia tudo que comemos tem o pós e o contra, e a gente acredita naquele que nos convence melhor, eu prefiro acreditar no dr. Lair, e nos médicos que seguem a linha dele.
Daniele, É inegável que o Dr. Lair Ribeiro tem excesso de peso e, muito provavelmente, o colesterol elevado e hipertensão – à semelhança de outros “especialistas” que promovem o mesmo tipo de atrocidades.
https://compreendernutricao.com//a-gordura-engorda/
Senhores, como no minimo 6 ovos por dia, o resultado foi que o médico me retirou as estatinas e a metformina, de quebra perdi 34 kilos, minha evolucao estão nos meus exames, meu nível de inflamacao no corpo reduziu em 50% , nao consigo ver na minha pratica o que estao falando nesta publicacao, os ovos salvaram a minha saúde, além de saborosos sao de baixo custo.
Caro Nilson, Alegar que o consumo de uma dieta praticamente ovívora foi a panaceia para a redução do colesterol, reversão da diabetes tipo 2 e perda de peso é, pura e simplesmente, grotesco – especialmente tendo em consideração que o consumo de ovos é particularmente problemático em diabéticos.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2386667/
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmedhealth/behindtheheadlines/news/2016-11-02-eating-one-egg-a-day-may-lower-risk-of-stroke–/
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27126575
http://www.bmj.com/content/346/bmj.e8539
É por favor, abstenha-se de comparações descabidas entre ovo e cigarro. Perde logo toda a credibilidade…
Parabéns, Pedro. Conseguiu apresentar duas análises financiadas pela indústria dos ovos, e uma terceira que demonstra prejuízos de saúde em diabéticos. Já o suposto problema de credibilidade é proporcional ao tamanho da sua ignorância, uma vez que a comparação entre o consumo de ovos e o cigarro foi avançada por Walter Willett da universidade de Harvard e David Jenkins da universidade de Toronto.
https://www.hsph.harvard.edu/walter-willett/
http://www.childnutrition.utoronto.ca/david-j-jenkins
David a comparação pode ter sido apresentada pelo maior Guru nutricional que alguma vez existiu na face do planeta. Não deixa ser estúpida. Em relação aos artigos que apresento, se a sua argumentação é apenas essa, dá para entender o ataque ad hominem… entretanto, enquanto comedor de ovos, vou gozar os poucos dias que me restam.
Pedro, O artigo não lida com gurus e suposições, lida com ciência e cientistas. Por sua vez, a comparação é baseada na proporção do efeito induzido por duas substâncias comprovadamente aterogénicas: colesterol dietético e fumo de tabaco. Seria semelhante a comparar, por exemplo, o efeito cancerígeno da quantidade de carne vermelha consumida com o número de cigarros fumados – de estúpida não tem nada, expecto aos olhos daqueles que ignoram os efeitos das substâncias em questão. Quanto aos artigos que apresentou, como já foi referenciado no comentário anterior, sofrem de conflitos de interesse profundos e, assim sendo, são praticamente inúteis. Bem haja.
https://compreendernutricao.com//consumir-carne-lacticinios-e-ovos-provoca-doenca-cardiovascular/
David lamento mas as suas referências bibliográficas mais recentes são de 2014 e não apresenta resultados de artigos de revisão ou meta análises. Além disso, ignora outros estudos, contraditórios porque são promovidos pela indústria do ovo… Comparar ovo a tabaco é malicioso, e julgo que você percebe onde quero chegar. Desculpe mas o seu artigo tem demasiadas certezas e demasiado alarmismo para que eu o possa levar a sério e como rigoroso.
Bom dia, Pedro. Apesar de o artigo ter sido escrito no inicio do ano passado, é necessário constatar que a ciência não prescreve – os dados dos estudos contribuem para o corpo total da evidência, a não ser que sejam demonstravelmente falaciosos. 2014 não foi, propriamente, em 1914. Além disso, o artigo apresenta 3 meta-análises sobre a relação do colesterol dietético com a subida do colesterol sanguíneo que deveriam ser suficientes para reprovar qualquer pretensa de que o consumo de ovos é saudável; assim como uma quarta meta-análise que associa o consumo de ovos com o risco de doença cardiovascular e diabetes. Já a prudência de excluir estudos patrocinados pela indústria é um argumento forte na credibilização do artigo, uma vez que elimina desenhos de estudo e conclusões tendenciosas. Quanto à origem da consternação com a comparação entre consumo de ovos e o tabaco, como já foi referido no comentário anterior, é puramente preconceituosa, e ascende à ignorância sobre o paralelismo de efeitos aterogénicos que foram avançados por alguns dos cientistas mais prestigiados do mundo da nutrição. Expectavelmente, os realmente sérios e rigorosos podem confirmar que as meta-análises posteriores continuam a demonstrar o “alarmismo” e as “certezas” de que há problemáticas prementes relacionadas com o consumo de ovos:
“Aumento do consumo de ovos pode promover o desenvolvimento de neoplasias no tracto gastrointestinal.” Eur J Nutr. 2014 Oct;53(7):1581-90.
“Consumo elevado de ovos associado com o aumento do risco de cancro da mama. Associação entre o consumo de ovos e risco de cancro do ovário e próstata não pode ser excluído.” Br J Nutr. 2015 Oct 14;114(7):1099-107.
“Consumo de ovos pode aumentar o risco de cancro do ovário.” Clin Nutr. 2015 Aug;34(4):635-41.
“Consumo de um ou mais ovos por dia associado com um risco elevado de falha cardíaca.” Am J Clin Nutr. 2015 Nov;102(5):1007-13.
“Aumento do risco de diabetes com o consumo de três ou mais ovos por semana.” Am J Clin Nutr. 2016 Feb;103(2):474-80.
“Risco elevado de falha cardíaca com consumo frequente de ovos.” Front Nutr. 2017 Mar 27;4:10.
Parabéns David! Gratidão.
Espalhar as sementes é o máximo que podemos fazer.
Lutar contra a ignorância e status quo cansa, mas é iluminador.
Contra fatos não há argumentos.
Os artigos de seu blog são os melhores que encontrei em anos!
Complexos, profundos, todos extremamente bem fundamentados sempre.
Obrigada por participar de meus grupos e páginas.
Seu trabalho tem sido diferenciado, intenso, constante, perseverante e de grande valia.
Não pare. Sempre Toda Paz
Rosana Rodrigues
Espaço Ponto de Luz.
Muito obrigado, Querida Rosana. Um abraço! 🙂
Parei de ler nesse ponto…
“”” O consumo diário da quantidade de colesterol encontrada num único ovo foi associado a uma diminuição da esperança de vida equivalente à de fumar 25.000 cigarros “””
É muita bizarrice num artigo só…
Só vejo um “nutricionista” ou um site de nutrição QUERENDO GANHAR FAMA indo na contra mão da natureza. Ou um artigo pago pela indústria de remédios.
Sem mais delongas…
Em ciência, chama-se Estudo de Risco Comparativo. Nesse caso em particular, foi publicado no American Journal of Epidemiology e subscrito por Walter Willett, presidente do departamento de nutrição da universidade de Harvard, a partir de dados do famoso Nurse´s Health Study. Bem haja.
Prezado administrador (Não achei no seu nome no site ou nao sei pesquisar, ,assim como sua profissao. Obrigado pela informação não é bom falar com fantasmas).
Gostaria iniciar um diálogo passo a passo para um debate coerente. Vou fazer três perguntas para começar:
1) Concorda com a seguinte afirmaçao: “O colesterol é uma substancia semelhante à gordura e indispensável para a vida, e se encontra nas membranas celulares de nosso organismo, desde o sistema nervoso,al fígado ou o coraçao. O colesterol é necessário para produzir hormônios, ácido biliar, vitamina D e outras substancias ”
2) O colesterol o corpo fabrica usando carboidratos ou gorduras saturadas ou outras substâncias?
3) Nosso corpo produzi mais de 70% de colesterol e tem um mecanismo para regular sua produção?
Adventismo em foco : Emanuela
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Olá.
Se o cerne da questão é a vida natural de cada ser, assim deve ser tratado pelo viés justo de cada questão, por outro lado não é interessante justificar uma coisa pela outra como corrobora esse artigo.
O que é bom é bom, o que é ruim é ruim.
http://www.lowcarb-paleo.com.br/2016/01/os-ovos-dos-europeus-e-os-criterios-de.html
Mas o debate é para isso.
Paz.
Bom dia, Edgar.
O artigo não justifica “uma coisa pela outra”, mas, ao justificar cada coisa por si mesma, revela a complementaridade de diversas respostas – um factor que, segundo critérios científicos, solidifica o carácter das conclusões.
Por sua vez, o ridiculismo da página “lowcarb” mencionada anteriormente, é imediatamente patente no primeiro argumento: Ancel Keys não afirma que o consumo de colesterol não é importante, apenas que, uma vez que a variação nos níveis de colesterol de uma população é tão significativa, e sujeita à influência de diversos factores, em estudos observacionais, é difícil detectar os efeitos do consumo de colesterol nos níveis de colesterol sanguíneo. Esse é, aliás, um facto explorado pela indústria dos ovos para sugerir a neutralidade do efeito.
“Uma vez que, entre indivíduos, os níveis de colesterol sanguíneo base são diferentes, independentemente da quantidade de gordura saturada consumida, quando se observa uma população, pode não ser encontrada uma relação significativa entre o consumo de gordura saturada e os níveis de colesterol sanguíneo – e, consequentemente, a incidência de doença cardiovascular. Por exemplo, os níveis de colesterol de um indivíduo podem ser de 180 e os de outro indivíduo de 200, no entanto, aquele que possui os níveis de colesterol mais baixos pode ter um consumo de gordura saturada superior, uma vez que o seu nível de colesterol base era, à partida, inferior. Isso faz com que, em estudos observacionais, a relação possa aparentar não existir.(1) Porém, no laboratório, onde as condições podem ser controladas rigorosamente, os níveis de colesterol de todos os indivíduos sobem com o aumento do consumo de gordura saturada, trans ou colesterol, o que expõe claramente a relação causal – que também se encontra sintetizada em várias meta-análises. (2,3,4,5) Portanto, o recurso a estudos observacionais permite, implicitamente, mitigar o ímpeto da correlação.”
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/313701
1 – D R Jacobs Jr, J T Anderson, H Blackburn. Diet and serum cholesterol: do zero correlations negate the relationship? Am J Epidemiol. 1979 Jul;110(1):77-87
2 – R. Clarke, C. Frost, R. Collins, P. Appleby, R. Peto. Dietary lipids and blood cholesterol: quantitative meta-analysis of metabolic ward studies. BMJ. 1997 Jan 11; 314(7074): 112–117.
3 – Mensink RP, Zock PL, Kester ADM, Katan MB. Effects of dietary fatty acids and carbohydrates on the ratio of serum total to HDL cholesterol and on serum lipids and apolipoproteins: a meta-analysis of 60 controlled trials. Am J Clin Nutr2003;77:1146–55.
4 – Mozaffarian D, Micha R, Wallace S. Effects on coronary heart disease of increasing polyunsaturated fat in place of saturated fat: a systematic review and meta-analysis of randomized controlled trials. PLoS Med. 2010 Mar 23;7(3):e1000252.
5 – Mensink RP, Zock PL, Kester AD, Katan MB. Effects of dietary fatty acids and carbohydrates on the ratio of serum total to HDL cholesterol and on serum lipids and apolipoproteins: a meta-analysis of 60 controlled trials. Am J Clin Nutr. 2003 May;77(5):1146-55.
Nunca tinha visto tanta besteira em um site. A internet tem coisas boas mas tem também cada porcaria…
E o que dizer desta “besteira” acabadinha de sair no prestigiado Journal of the American Medical Association?
“O consumo diário da quantidade de colesterol encontrada num só ovo, está associado ao aumento de 17% no risco de doença cardiovascular e de 18% no risco de mortalidade prematura…”
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30874756