Uma dieta caracterizada pela supremacia de calorias de origem animal resulta numa das principais causas de desperdício económico. Em 1992, nos E.U.A, apenas os custos directos de cuidados de saúde estimados para o consumo de carne – medidos a partir das diferenças na prevalência de doenças entre omnívoros e vegetarianos – foram de 8.5 biliões para a hipertensão, 9.5 biliões para a doença cardiovascular, 16.5 biliões para o cancro, 17.1 biliões para a diabetes, 2.4 biliões para a doença da vesícula, 1.9 biliões para desordens músculo-esqueléticas relacionadas com a obesidade e 5.5 biliões para doenças de contaminação, com somas de até 61.4 biliões.1 Em 2007, as despesas americanas em cuidados de saúde totalizaram 2 triliões – uma média de aproximadamente 7000 euros por cada cidadão2 – uma fatia principal do orçamento de estado.3 Em Portugal, a despesa em cuidados de saúde ronda os 9% do PIB4, com gastos anuais per capita a ultrapassar os 2000 Euros,5 que permitiriam acabar com a dívida pública no espaço de uma década. Globalmente, nos próximos 20 anos, estima-se que vão ser gastos cerca de 47 triliões (47 000 000 000 000) apenas com doença cardiovascular, respiratória, cancro, diabetes e doença mental, uma quantia que permitiria eliminar a pobreza global durante 50 anos.6
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PREÇOS ARTIFICIALMENTE BAIXOS – SUBSÍDIOS
Os preços da carne, peixe, lacticínios e ovos são mantidos ilusoriamente baixos a partir do desprezo pelos custos económicos consequentes – caso fossem correctamente equacionados tornar-se-iam generalizadamente incomportáveis. Apesar de os consumidores pagarem um preço relativamente reduzido, a sociedade paga um preço final elevadíssimo na forma de danos de saúde, destruição ambiental e políticas de financiamento decadentes. Uma dessas políticas consiste em providenciar enormes subsídios aos agricultores que produzem as culturas para a alimentação animal, o que se traduz em cereais mais baratos do que o custo de produção. Também há subsídios pagos directamente à indústria para reduzir os danos ambientais que provoca – tudo com dinheiro dos contribuintes.8 Investigadores estimam somas de cerca de 283 biliões anuais.9
A indústria de produção animal depende de subsídios grotescos para se manter na mesa dos consumidores.
O PREÇO DIRECTO DOS ALIMENTOS
Uma dieta saudável tem um potencial de conservação económico muito superior ao de uma dieta omnívora. Mesmo sem atender à enorme artificialização dos preços e despesas indirectas provenientes do consumo de produtos animais, é um facto que as calorias vegetais são as fontes mais económicas de nutrição. Um estudo determinou que em relação a uma dieta omnívora económica, uma dieta vegetariana resulta numa poupança anual de cerca de 700 Euros, apesar de fornecer mais 25 doses de vegetais, 14 de cereais integrais e 8 de fruta por semana.10
Financeiramente, uma dieta vegetariana é a mais saudável.
EM SUMA
A prosperidade socioeconómica depende estritamente da supressão do consumo de produtos de origem animal.
Por ano, apenas nos E.U, são desperdiçados cerca de 414.8 biliões: uma quantia equivalente à soma da fortuna dos 8 homens mais ricos do mundo.11
2 – Centers for Disease Control and Prevention. Chronic diseases: the power to prevent, the call to control, at-a-glance 2009. Atlanta, GA: U.S. Department of Health and Human Services, 2009.
11 – The World´s Billionaires. Forbes.com http://www.forbes.com/billionaires/
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